Nesta etapa de domingo as
mulheres fizeram um trajeto de 11 km e os homens de 12 km. O vencedor masculino, Neido Guillén,
completou o percurso em 57 minutos e 29 segundos. A vencedora feminina, Yaritza
Saavedra, em 1 hora, 10 minutos e 27 segundos (Fonte: El Nacional de Caracas).
Não sou uma veterana neste tipo de corrida, afinal esta é minha terceira participação. E devo dizer que não me
agrada chamar esta prova de corrida, porque para mim que não tenho preparo para
montanha, a corrida propriamente dita se restringiu a metade final do percurso.
A concentração de homens
e mulheres foi separada, saíram os homens primeiro um quilômetro antes da
largada feminina. E na passagem dos últimos colocados masculinos foi dada a
saída feminina, que a meu ver atrapalhou bastante a passagem das mulheres. O
caminho era muito estreito e já no início era impossível qualquer tentativa de
corrida.
Fora este pequeno
problema, a corrida de montanha se revelou um grande desafio para mim. A cada
passada, a dificuldade aumentando, o ar faltando, cansaço grande. O Ávila
estava muito úmido e escorregadio. Muitos competidores para deixar para trás. E
foi exatamente isso que consegui, sempre passando e passando mais pessoas. Em alguns momentos cheguei a pensar, será que não vamos parar de subir nunca? Porque já era
difícil colocar o pé e impulsionar o corpo para cima. A descida é algo
realmente estressante. Porque é neste momento que todos aproveitam para correr,
só que correr nas pedras, pulando buracos profundos na rocha, passando por
caminhos que só cabem o pé, ao lado de descidas íngremes demais, é de dar medo.
Não se controla o passo, os joelhos sempre flexionados, os dedos doendo...
Claro a grande recompensa
está lá encima com a vista maravilhosa da cidade. Apesar de estar muito
nublado, deu para sentir aquela emoção que se sente diante da natureza, da sua
perfeição, da sua grandiosidade.
Completei a corrida em
1hora, 49minutos e 48 segundos com a colocação geral de 156° lugar de 308, o
24° lugar de 85 mulheres e 5° lugar de 31 na categoria. E muito, muito feliz.
A mata, os animais, as
respirações, tudo em perfeita sintonia neste domingo.