terça-feira, 3 de maio de 2011

Corrida de Montanha

Neste Domingo, dia do trabalho, em Caracas, tivemos a primeira corrida do VI Circuito de Montanha Gatorade. A corrida começou há dois anos em defesa do Parque Nacional El Ávila, criando assim a consciência dos esportistas e usuários do parque, da necessidade de cuidá-lo.
Estão previstas para o calendário deste ano duas corridas para o VI Circuito.
Nesta etapa de domingo as mulheres fizeram um trajeto de 11 km e os homens de 12 km.  O vencedor masculino, Neido Guillén, completou o percurso em 57 minutos e 29 segundos. A vencedora feminina, Yaritza Saavedra, em 1 hora, 10 minutos e 27 segundos (Fonte: El Nacional de Caracas).
Não sou uma veterana neste tipo de corrida, afinal esta é minha terceira participação. E devo dizer que não me agrada chamar esta prova de corrida, porque para mim que não tenho preparo para montanha, a corrida propriamente dita se restringiu a metade final do percurso.
A concentração de homens e mulheres foi separada, saíram os homens primeiro um quilômetro antes da largada feminina. E na passagem dos últimos colocados masculinos foi dada a saída feminina, que a meu ver atrapalhou bastante a passagem das mulheres. O caminho era muito estreito e já no início era impossível qualquer tentativa de corrida.
Fora este pequeno problema, a corrida de montanha se revelou um grande desafio para mim. A cada passada, a dificuldade aumentando, o ar faltando, cansaço grande. O Ávila estava muito úmido e escorregadio. Muitos competidores para deixar para trás. E foi exatamente isso que consegui, sempre passando e passando mais pessoas. Em alguns momentos cheguei a pensar, será que não vamos parar de subir nunca? Porque já era difícil colocar o pé e impulsionar o corpo para cima. A descida é algo realmente estressante. Porque é neste momento que todos aproveitam para correr, só que correr nas pedras, pulando buracos profundos na rocha, passando por caminhos que só cabem o pé, ao lado de descidas íngremes demais, é de dar medo. Não se controla o passo, os joelhos sempre flexionados, os dedos doendo...
Claro a grande recompensa está lá encima com a vista maravilhosa da cidade. Apesar de estar muito nublado, deu para sentir aquela emoção que se sente diante da natureza, da sua perfeição, da sua grandiosidade.
Completei a corrida em 1hora, 49minutos e 48 segundos com a colocação geral de 156° lugar de 308, o 24° lugar de 85 mulheres e 5° lugar de 31 na categoria. E muito, muito feliz.
A mata, os animais, as respirações, tudo em perfeita sintonia neste domingo.